memórias residuais

Friday, 30 June 2006


[...] custa-nos esperar calmamente por que passe. queremos que passe, ou que possamos descobrir um ponto qualquer de consenso sobre que diabo é isto e para onde vai. aspiração ingrata, a de querer saber se somos autênticos ou apenas a elasticidade de propostas autênticas. que medo se formos não outros mas apenas os que estão depois dos outros. de não sermos suficientemente diferentes senão discretamente diferenciados. e queremos acreditar que esta semelhança seja só a incapacidade de vermos melhor onde estamos; que seja só a opacidade da nossa autonomia, que existirá, que se imporá, com o raio do tempo.
[...] estamos à espera que alguém, talvez vitalmente, anuncie terra ou, quem sabe, céu para que a viagem seja maior que nunca.

(a armadilha eficaz, valter hugo mãe)

Topo