memórias residuais: February 2007

Saturday 24 February 2007


Qual o teu melhor? O que fazes melhor? Quem leva a melhor?

Pergunta-me, pede-me e posso mostrar-te não o mais forte, o maior, o mais isto ou mais aquilo, mas sim o melhor. Tu ou eu? Seria melhor nós.

Podemos pensar: existo eu e existem os outros. E por que não pensar: ou melhor, eu existo transformado num noutro. E se o outro já cá não estiver, resta-nos o jogo da ausência. O que é o mesmo que dizer: resta-nos o jogo da memória.

(best of (o melhor), Victor Hugo Pontes)

Thursday 8 February 2007

Lindo!


Creio no racional, mas também no amor à primeira vista. Creio numa lógica de ferro, mas também no alógico, no ilógico, no sensorial, no subjectivo, no subliminal. Meu lema é “tem de tudo”. São precisos muitos tiques e muitos toques para fazer um mundo.
No escuro não enxergo, não entendo do que não sei, paro onde me detenho, vou e volto cheio de saudades. Pois, se fico, anseio pelo desconhecido. Se parto, rói-me a separação. Sou hesitante, tenho, muitas vezes, o temor de desagradar, nem sempre sinto coragem de dizer exactamente o que penso ou tudo o que penso, emprego palavras mais suaves do que o criticado mereceria, ou perco a cabeça e uso um padrão de julgamento agressivo e injusto. Sou, em suma, como todo o mundo.

(Pif-Paf, Millôr Fernandes)

Wednesday 7 February 2007

If the doors of perception were cleansed,
everything would appear to man as it is:
infinite.

(Dead Man, 1995)

Monday 5 February 2007




Let the world change you...
and you can change the world.

(Diarios de motocicleta, 2004)

Thursday 1 February 2007

Muito mais... =)


O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…

(Confiança, Miguel Torga)

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